sábado, 7 de setembro de 2013

Fuga do Vale 2013 - À conquista das Aldeias de Xisto

(relato)

Dia 1 (19-08-2013)
Ir molhar os pés à foz do rio Nabão


Mira de Aire-Sardoal 94,5 km 1600 D+

O dia nasceu com o céu limpo, sem vento e quente. Como de costume o ponto de partida foi no café Lágrima, local onde normalmente os bikers mirenses se reúnem para os seus passeios ou treinos durante o ano. Por volta da 9h00, após tomada a bica e tirada a fotografia de grupo da praxe, ligamos os GPS's e começamos a pedalar rumo ao destino definido.

Paragem na Pia do Urso para comunicações.
Os primeiros quilómetros foram percorridos por terrenos conhecidos passando pela Pia do Urso, Fátima, Ortiga e Sobral, onde deixamos para trás a serra de Aire descendo em direção a Rechaldia.

Na rotunda sul de Fátima.

Santuário de Nossa Senhora da Ortiga.

Descendo em direção a Rechaldia.
Depois de uma pausa rápida em Rechaldia, continuamos por trilhos ondulantes até à subida para o Outeiro Grande que culmina no santuário de Nossa Senhora de Lourdes.

Subindo a caminho do Outeiro Grande.

Santuário de Nossa Senhora de Lourdes, em Outeiro Grande.

Depois continuamos em terrenos descendentes passando por Vagos, Pé de Cão e Lamarosa, onde atravessamos a linha do norte. Seguiram-se trilhos planos, com passagem por uma enorme produção de patos.

Produção de patos. Cada ponto na água é um!

Rumamos, então, à estrada da EPAL onde percorremos alguns quilómetros, passando por baixo da A23, até à viragem para este que nos levaria às imediações da Base Aérea de Tancos.

Entrada na estrada da EPAL.

Marco quilométrico da estrada da EPAL.

Túnel de passagem da A23.

Pedalamos num trilho levemente ascendente e paralelo à Base Aérea de Tancos e foi já sob intenso calor, com o termômetro a marcar 40ºC, que chegamos a Constância.

Caminho paralelo à Base Aérea de Tancos I.

Caminho paralelo à Base Aérea de Tancos II.
O calor já se fazia sentir!

Já falta pouco Rui Mendes.

Chegada a Constância. 

Chegados a esta bela vila, abrigamo-nos do calor tórrido, aproveitamos para repor as energias, saciar a sede e esperar por uma canícula mais favorável.

Almoço em Constância.
Como era de esperar a temperatura teimava em não baixar. Depois de uma pequena sesta lá partimos, para a segunda parte da etapa, em direção à barragem do Castelo do Bode com o termómetro ainda nos "entas"! O percurso feito pela margem direita do rio Zêzere foi sempre ascendente, atingindo em alguns pontos os 20% de inclinação, até à aldeia de Cafuz.

Logo a subir à saída de Constância!
Chegados aqui foi sempre a descer, primeiro por estradão e depois num singletrack sinuoso, até à foz do rio Nabão no local onde este se junta ao rio Zêzere.

Rua Foz do Nabão.

No estradão com vista para o rio Zêzere.

Singletrack de acesso ao rio. 
Com um pé no Nabão e outo no Zêzere a travessia dos rios foi feita a vau com água pelos joelhos. A água estava com uma temperatura excelente e aproveitamos para refrescar o corpo e a alma que o calor apertava e ainda tínhamos alguns quilómetros e muitas subidas para fazer.

Já falta pouco para refrescar!

A pedalar na Foz do Nabão.

Que bela sensação!

Os três MTB's com os pés de molho.
Pois foi a subir que nos despedimos do Nabão e num trilho moderadamente ascendente paralelo ao Zêzere e abrigado do sol chegamos à barragem do Castelo do Bode, não sem antes vencer um alcatrão com 15 % de inclinação.
A caminho da barragem do Castelo do Bode.
Já na barragem uma paragem breve para dar descanso às bikes e contemplar a sempre bonita albufeira do Castelo do Bode por sinal bem cheia para a época do ano.

Albufeira do Castelo do Bode.

As bikes a descansar.
Depois de tiradas as fotos da praxe seguimos caminho, passando por Martinchel, em direção à Aldeia do Mato onde chegamos depois de uma brutal descida em estradão.


A descer para a Aldeia do Mato.

Paulo Magalhães na brasa.

Na Aldeia do Mato voltamos a encontrar a água da albufeira do Castelo do Bode que convidava a um banho que não aconteceu. Talvez numa próxima oportunidade!


Aldeia do Mato, unto à albufeira de Castelo de Bode.

Já com a temperatura mais amena subimos uma parede com 25 % de inclinação que nos levou ao centro da aldeia e seguimos num percurso rompe pernas até Ribeira da Brunheta.

A subir algures depois da Aldeia do Mato.

Neste lugar a ribeira alimentou a vegetação e os trilhos encontravam-se completamente fechados. Por isso fomos obrigados a desviar a rota e para ir apanhar a estrada nacional na qual fizemos os últimos 10 quilómetros até ao Sardoal.

A subir depois de sair da Ribeira de Brunheta.

Chegamos, cerca das 20h00, ao Sardoal pela entrada norte e logo nos dirigimos aos bombeiros para procurar lugar para pernoitar mas não foi possível lá permanecer (facto que nos aconteceu pela primeira vez). Dirigimo-nos então ao centro da vila à procura de alternativa e tivemos sorte. Ficamos alojados na residencial Gil Vicente (a melhor da vila, talvez por ser a única) com direto a quarto duplo individual com parqueamento especial das bikes e pequeno-almoço incluído (17,5 euros por quarto). Depois de instalados e com banho tomado fomos jantar ao restaurante  As Três Naus. 


Boa disposição depois de jantar.

O descanso da guerreira, bem instalada! 




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